La emergência indígena em América Latina de José Bengoa (RESUMO)
O
autor inicia o prólogo na segunda edição desta obra relatando que olhava na TV
um programa sobre nos indígenas
Lacandones e que esses índios aceitavam ser “índios” de acordo com o
padrão da televisão francesa de índio e a partir disso o autor relata que
questiona quem é esse povo? Quem poderá ser considerado um índio Lacandones e
entre outras indagações. Situando no passado colonial o autor fala da criação
de um primeiro “índio” graças ao equivoco dos que aqui chegaram achar que essas
terras seriam as índias, e depois inventou-se um novo “índio” o colonizado,
subalterno porém o autor fala do surgimento de um terceiro índio, o personagem
principal desse texto, o protagonista da emergência indígena na América latina.
Essa
emergência indígena está assentada em um processo de etnização, transformação
de povos em indígenas.
“Antes
hubo ‘naturales’, habian ‘arborigenes’ y muchas veces había ‘indios’
también,com toda la carga de oprobios,esteriotipos y agressiones que tiene essa
categoria em América Latina; muchas vezes,para arrancar de esa apelación
negativa, durante todo el siglo diecinueve y veinte por ejemplo, hubo
‘campesinos’, hasta haace poço em muchos lugares había ‘paisanos’.Esos
habitantes em algunos casos se etnizaron,poco a poco se transformaron em
‘indienas’ em personas orgullosas de llevar su nombre, hablar su lengua.y ser
descendientes de lãs antiguas culturas americanas.Deneste proceso de
‘reetnización’ ES que habla este libro.” (p.10)
Logo
após o autor problematiza o conceito de índio, o autor diz que assim como toda
identidade a do indígena é também uma construção social, e que essa é uma denominação do outro, do colonizador
que assim como as castas essas classificações coloniais tem caráter
zooantropológicas. O autor atenta que antes dessa classificação haviam outras
que foram minimizadas a “índios” como por exemplo landinos,chalos e mestizos.
Para exemplificar essa questão o autor diz que em uma das viagens de Che
Guevara ele estava cercado por povos ameríndios e os denominou simplesmente
como campesinos e da parte desse povo só havia silêncio quanto a essa questão.
O
autor diz que a emergência indígena na América latina é sobretudo um processo
de afirmação de identidades coletivas e constituição de novos atores, e também
são estes povos que estão questionando as práticas, funcionamentos e validade
do Estado, há também uma indagação por parte desses indígenas em relação as
histórias oficiais que os estados tem construído. Esse movimento para o autor é
um movimento dos últimos vinte anos que causa uma ruptura com o conceito por
exemplo de povo unificado um só, não se busca a integração nesse sentido, e sim
a demarcação da diferença mesmo o Estado plurinacional Boliviano poderia ser um
exemplo disso,que rompe com o estado moderno ao assumir que não existe o
cidadão boliviano, uma só nacionalidade, esse Estado abrange mais de 36 etnias
todas consideradas cidadãs bolivianas um movimento que José Bengoa menciona no
texto a nacionalização do indígena. O autor menciona que esses indígena foram
confinados a uma espécie de negaça da contemporaneidade em comparação a
ocidente quando na pagina 15 ele comenta só esse índio esta em um confuso
período. Dessa forma esses povos estão reivindicando a retomadas de sua memória
e uma real participação na nação e no processo democrático não reduzidos a
tutela.
O
autor cita diversos exemplos dessa emergência indígena como o movimento
zapatista, comenta que os municípios indígenas vem adquirindo forças
impressionantes, que nesses territórios etnizados há ua grande preocupação com o poder
local,citando municípios no Chile o
autor comenta que nestes a uma educação bilíngüe, uma saúde intercultural com
profissionais indígenas afim de concretizar um movimento de historicidade de
sua emergência.
O
autor diz que os indígenas dos países citados são há maior força
desestabilizadora do Estado a medida que questiona os fundamentos da democracia
política. José também coloca que essas transfomarções acontecem também em meios
jurídicos que podemos lembrar das constituições da Bolívia e do Equador que
abordam questões como estas. O autor afirma que hoje a questão indígena está em
todas as agendas dos países latinos americanos.
Nesse
texto ele também discorre sobre as relações do indígena como o meio urbano e
afirma que a maioria dos indígenas habitam nos centros urbanos, que há uma
facilidade no trajeto de ida e volta ao campo e a cidade e que os indígenas se
adaptaram a cidade não do jeito que era esperado, do ambiente urbano como
civilizador, ao contrario disso houve resistência o autor comenta que aumentam
o numero de cidades com forte presença de religiõs préhispânicas. Bengoa afirma
que os índios da cidade deixam de se esconder no anonimato e passam a se
mostrar como a maioria que são, passando a demonstrar orgulho de sua crescente
condição de indígena.
O
autor também da ênfase no Carter revolucionário das pautas políticas indígenas
como a defesa do meio ambiente e todo uma filosofia sofisticada elaborada por
eles que vão contra a filosofia de vida coletiva ociedental.
Ao
final depois de citar diversas situações de emergência indígena, em diversos
países da América latina onde esses foram responsáveis por rupturas
consideráveis o autor afirma que é evidente que a força política deste novo
dirigente está em ser capaz de manejar todos os códigos ocidentais e mesmo
assim ter o direito de ser indígena, de vestir-se como indígena e de pensar
como indígena .
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